Sérgio Silva - O Lutador
Foi Campeão Nacional de Duatlo por diversas vezes, Campeão da Europa de Duatlo e Campeão do Mundo de Sub-23. Além disso, no passado dia 24 de Setembro, sagrou-se Campeão do Mundo de Duatlo de Elites, a prova mais importante do Duatlo a nível internacional.
Nem sempre teve o apoio necessário para competir ao mais alto nível mas Sérgio Silva conseguiu com muito esforço e muito trabalho ultrapassar diversas adversidades e tornou-se numa referência tanto no Duatlo como no Atletismo.
Após a prova do Campeonato do Mundo de Duatlo, em Gijon e da vitória na Meia-Maratona de Ovar pelo seu novo clube, o Maratona Clube de Portugal, conversou com o TriNews sobre a sua carreira, as dificuldades em obter patrocínios em Portugal e os seus projectos de futuro.
TriNews: Após longos anos de espera eis que o título tão aguardado chegou. Como te sentiste ao cruzar a meta? (Resumo da prova)
Sérgio Silva: Sim foram alguns anos em que sempre que chegava aos grandes palcos algo acontecia, ou era um furo, um stop&go, avarias mecânicas tais como partir o espigão de selim... enfim sempre que não acontecia nada disto normalmente trazia um grande resultado. Foi o que aconteceu nos Europeus de sub-23, foi a única vez em que participei num mundial de sub-23 onde venci. Este ano não tive azares e a estrelinha da sorte esteve comigo, pois para além do grande esforço e dedicação necessárias é sempre preciso ter essa estrelinha e isso foi o que aconteceu neste mundial.
TN: Era esta a prova que faltava?
SS: Sim. Era algo que ambicionava há muito tempo pois este é o título máximo que se pode ter no Duatlo, contudo já tinha perdido um pouco as esperanças pois este foi um ano de transição onde depois de me retirarem todos os apoios e a possibilidade de ser profissional a luz ao final do túnel começou a ficar dissipada, mas com a obtenção deste resultado surge um novo objectivo, o de ser o unico duatleta do planta a alcançar todos os títulos de sub-23 e elite faltando para isso o titulo europeu onde já fui segundo.
Nem sempre teve o apoio necessário para competir ao mais alto nível mas Sérgio Silva conseguiu com muito esforço e muito trabalho ultrapassar diversas adversidades e tornou-se numa referência tanto no Duatlo como no Atletismo.
Após a prova do Campeonato do Mundo de Duatlo, em Gijon e da vitória na Meia-Maratona de Ovar pelo seu novo clube, o Maratona Clube de Portugal, conversou com o TriNews sobre a sua carreira, as dificuldades em obter patrocínios em Portugal e os seus projectos de futuro.
TriNews: Após longos anos de espera eis que o título tão aguardado chegou. Como te sentiste ao cruzar a meta? (Resumo da prova)
Sérgio Silva: Sim foram alguns anos em que sempre que chegava aos grandes palcos algo acontecia, ou era um furo, um stop&go, avarias mecânicas tais como partir o espigão de selim... enfim sempre que não acontecia nada disto normalmente trazia um grande resultado. Foi o que aconteceu nos Europeus de sub-23, foi a única vez em que participei num mundial de sub-23 onde venci. Este ano não tive azares e a estrelinha da sorte esteve comigo, pois para além do grande esforço e dedicação necessárias é sempre preciso ter essa estrelinha e isso foi o que aconteceu neste mundial.
TN: Era esta a prova que faltava?
SS: Sim. Era algo que ambicionava há muito tempo pois este é o título máximo que se pode ter no Duatlo, contudo já tinha perdido um pouco as esperanças pois este foi um ano de transição onde depois de me retirarem todos os apoios e a possibilidade de ser profissional a luz ao final do túnel começou a ficar dissipada, mas com a obtenção deste resultado surge um novo objectivo, o de ser o unico duatleta do planta a alcançar todos os títulos de sub-23 e elite faltando para isso o titulo europeu onde já fui segundo.
TN: Os apoios da Federação de Triatlo nunca foram os mesmos para o triatlo e o duatlo. Os teus planos de carreira foram alterados por causa desta situação?
SS: Posso dizer que até certa altura os apoios eram os mesmos, os estágios eram os mesmos.Ccontudo e por diversas vezes, por não integrar o quadro técnico da federação existiam certas acções que me eram omitidas. Sempre soube lidar bem com essa situações posso dizer que o fundamental era-me proporcionado, afinal integrei o centro de alto rendimento do Jamor durante cerca de 8 anos e por isso nada tenho a dizer contra até quando em Outubro do Ano passado um mês após o Campeonato do Mundo onde viria a finalizar em 5º lugar, depois do 4ºlugar no Europeu me foi cancelada a bolsa de apoio que deveria ser até Dezembro deste ano. Isso foi fundamental para alterar a minha preparação: deixei de ter oportunidade de fazer uma preparação mais adequada, sendo obrigado a realizar outro tipo de trabalhos e ter outros objectivos o que me levou a não participar no Campeonato da Europa de Duatlo deste ano.
TN: Quando o duatlo pertencer aos Jogos Olímpicos existirá mais apoio?
SS: Penso que sim, o Duatlo tem tudo para ser uma modalidade olimpica, e claro que é muito diferente pertencer a uma modalidade do quadro olímpico, pois isso acaba por trazer mais notariedade à modalidade e com isso mais apoios. Recordo que o Triatlo teve um enorme crescimento após os jogos de Sydey em 2000 e isso é claramente visível em Portugal.
SS: Posso dizer que até certa altura os apoios eram os mesmos, os estágios eram os mesmos.Ccontudo e por diversas vezes, por não integrar o quadro técnico da federação existiam certas acções que me eram omitidas. Sempre soube lidar bem com essa situações posso dizer que o fundamental era-me proporcionado, afinal integrei o centro de alto rendimento do Jamor durante cerca de 8 anos e por isso nada tenho a dizer contra até quando em Outubro do Ano passado um mês após o Campeonato do Mundo onde viria a finalizar em 5º lugar, depois do 4ºlugar no Europeu me foi cancelada a bolsa de apoio que deveria ser até Dezembro deste ano. Isso foi fundamental para alterar a minha preparação: deixei de ter oportunidade de fazer uma preparação mais adequada, sendo obrigado a realizar outro tipo de trabalhos e ter outros objectivos o que me levou a não participar no Campeonato da Europa de Duatlo deste ano.
TN: Quando o duatlo pertencer aos Jogos Olímpicos existirá mais apoio?
SS: Penso que sim, o Duatlo tem tudo para ser uma modalidade olimpica, e claro que é muito diferente pertencer a uma modalidade do quadro olímpico, pois isso acaba por trazer mais notariedade à modalidade e com isso mais apoios. Recordo que o Triatlo teve um enorme crescimento após os jogos de Sydey em 2000 e isso é claramente visível em Portugal.
TN: É também muito difícil conseguir patrocínios em Portugal. Esta foi umas das razões para ires competir no duatlo em França?
SS: Uma das razões que me levou a competir em França foi, acima de tudo, o ganho de experiência, tinha a noção de que lá estavam os melhores duatletas internacionais. É um circuito reconhecido internacionalmente e tinha a certeza de que seria muito importante para a minha valorização pessoal. Acabou por ser mais a experiênçia em detrimento dos apoios em Portugal, se bem que a realidade portuguesa é muito diferente. Em Portugal o Atleta tem de se preocupar tanto com a competição como em arranjar patrocínios, lá fora apenas tem de pensar em competir o melhor possível, o resto vem por acréscimo e não é necessário realizar telefonemas, agendar reuniões andar constantemente a informar os seus patrocinadores dos resultados alcançados.
TN: E é no atletismo que tens mais visibilidade? Já pensaste em dedicar-te só ao atletismo?
SS: São dois mundos diferentes que acabam por se cruzar. Não diria que tenho mais visibilidade no atletismo, o atletismo é que tem mais visibilidade, pois no seio do atletismo sou conhecido pelos meus resultados no duatlo talvez pelo meu ponto forte ser a corrida, mas também faço muitas competições como modo de preparação e daí talvez acabe por ter algum reconhecimento. Quanto ao facto de me dedicar apenas ao atletismo, existe essa possibilidade mas arrisco-me a dizer que não tenho culpa disso: adoro o duatlo, adoro o triatlo adoro a combinação das modalidades, mas começa a tornar-se impossivel praticar esta modalidade se algumas mentalidades não mudarem. Espero que este título alcançado para Portugal possa alterar alguma coisa, pois se assim não for...
SS: Uma das razões que me levou a competir em França foi, acima de tudo, o ganho de experiência, tinha a noção de que lá estavam os melhores duatletas internacionais. É um circuito reconhecido internacionalmente e tinha a certeza de que seria muito importante para a minha valorização pessoal. Acabou por ser mais a experiênçia em detrimento dos apoios em Portugal, se bem que a realidade portuguesa é muito diferente. Em Portugal o Atleta tem de se preocupar tanto com a competição como em arranjar patrocínios, lá fora apenas tem de pensar em competir o melhor possível, o resto vem por acréscimo e não é necessário realizar telefonemas, agendar reuniões andar constantemente a informar os seus patrocinadores dos resultados alcançados.
TN: E é no atletismo que tens mais visibilidade? Já pensaste em dedicar-te só ao atletismo?
SS: São dois mundos diferentes que acabam por se cruzar. Não diria que tenho mais visibilidade no atletismo, o atletismo é que tem mais visibilidade, pois no seio do atletismo sou conhecido pelos meus resultados no duatlo talvez pelo meu ponto forte ser a corrida, mas também faço muitas competições como modo de preparação e daí talvez acabe por ter algum reconhecimento. Quanto ao facto de me dedicar apenas ao atletismo, existe essa possibilidade mas arrisco-me a dizer que não tenho culpa disso: adoro o duatlo, adoro o triatlo adoro a combinação das modalidades, mas começa a tornar-se impossivel praticar esta modalidade se algumas mentalidades não mudarem. Espero que este título alcançado para Portugal possa alterar alguma coisa, pois se assim não for...
TN: Como foi mudar de equipa? Agora estás no Maratona Clube de Portugal?
SS: Digamos que a estreia não podia ter sido melhor, na minha estreia com a camisola do Maratona C.P. venci a prestigiada Meia-Maratona de Ovar. Contudo estive 3 épocas no Maia Atlético Clube onde conheci pessoas maravilhosas que me ajudaram a crescer como pessoa e como atleta. Foram 3 anos magnificos e que fazem parte da minha vida. Contudo e, depois de representar o Grupo Desportivo da Conforlimpa, o Maia Atlético Clube e agora assinar pelo Maratona posso dizer que já representei os 3 melhores clubes portugueses de atletismo. Estar no Maratona é aliciante pelo desafio, é lá que estão muitos dos melhores atletas nacionais, é um clube com história e tradição, uma tradição ganhadora que faz com que sejamos melhores que trabalhemos mais e melhor. Espero que seja um contrato longo recheado de muitos êxitos.
TN: E projectos de futuro?
SS: Agora que a época duatlética terminou é fazer uma boa época de inverno, tentar fazer muitos quilómetros tanto de corrida como se possivel de bicicleta para o ano ganhar o título que me falta. Em relação ao atletismo ainda tenho o sonho de ser olimpico e porque não sonhar com uns minimos á maratona. Estreei-me este ano com 2h16 em Praga e adorava repetir a experiênçia contudo começei a trabalhar numa empresa de remodelações de edificios e isso acaba por me retirar algum tempo, mas é também é uma coisa que gosto e quando assim é as coisas tornam-se mais fáceis.
SS: Digamos que a estreia não podia ter sido melhor, na minha estreia com a camisola do Maratona C.P. venci a prestigiada Meia-Maratona de Ovar. Contudo estive 3 épocas no Maia Atlético Clube onde conheci pessoas maravilhosas que me ajudaram a crescer como pessoa e como atleta. Foram 3 anos magnificos e que fazem parte da minha vida. Contudo e, depois de representar o Grupo Desportivo da Conforlimpa, o Maia Atlético Clube e agora assinar pelo Maratona posso dizer que já representei os 3 melhores clubes portugueses de atletismo. Estar no Maratona é aliciante pelo desafio, é lá que estão muitos dos melhores atletas nacionais, é um clube com história e tradição, uma tradição ganhadora que faz com que sejamos melhores que trabalhemos mais e melhor. Espero que seja um contrato longo recheado de muitos êxitos.
TN: E projectos de futuro?
SS: Agora que a época duatlética terminou é fazer uma boa época de inverno, tentar fazer muitos quilómetros tanto de corrida como se possivel de bicicleta para o ano ganhar o título que me falta. Em relação ao atletismo ainda tenho o sonho de ser olimpico e porque não sonhar com uns minimos á maratona. Estreei-me este ano com 2h16 em Praga e adorava repetir a experiênçia contudo começei a trabalhar numa empresa de remodelações de edificios e isso acaba por me retirar algum tempo, mas é também é uma coisa que gosto e quando assim é as coisas tornam-se mais fáceis.
TN: Mais alguma coisa que queiras acrescentar?
SS: Gostava de vos agradecer a oportunidade pois é de pessoas como vós que acreditam e confiam em nós e no nosso trabalho que nos faz trabalhar, acreditar e alcançar objectivos. Obrigado pela oportunidade e votos de sucesso.